Ei...

Que maravilha!

Agosto anda de flerte com a primavera, o sol brilhando todo dia, calor.

E assim a gente fica aquecida, ensolarada, sem mofo.

Parece assim que a vida flui melhor, mais colorida.

Dias cinzentos são horríveis para a alma e a minha detesta frio e escuridão.

Hoje tive uma não usual inspiração (acho que é este calor com cheiro de primavera no ar), e quero partilhar aqui, com você.

Hoje eu gostaria de escrever um poema cheio de luz, cor, vida!

Hoje eu gostaria de estar flor na tua janela e colorir assim o teu amanhecer.

Gostaria de hoje brilhar como estrela em noites quentes de luar sem contudo, me manter distante...

Mas hoje, não sou poeta, nem estrela, nem flor. Sou apenas uma mulher.

E eu gosto de ser mulher!

Sendo mulher sou poema na harmonia da rima, na imprevisibilidade da inspiração.

Sendo mulher sou mais que uma estrela, sou táctil, sensível, sensual...

Sou a possibilidade da luz!

Sendo mulher, sou mais que flor, porque me faço manhã...riso...repouso...

E porque me fiz manhã... riso...repouso, chegaste!

A tua presença soou como sol e vida.

Chegaste num daqueles dias em que pareciam perdidas as ilusões, as esperanças.

Com um sorriso chegaste desabrochando rosas em caminhos outros da vida.

E foi então, como se florisse primavera em todos os instantes.

Ainda inverno, mas foi como se a primavera florisse na natureza e no meu coração.

Foi como se a vida tivesse a plenitude do viver, quando o sorriso foi mais intenso, o sol mais luminoso.

Foi como se o teu sorriso acenasse uma bandeira para novos horizontes.

Foi como se a vontade de viver, guardada em cada pulsação, tornasse a vida mais bela.