Escuta amor
Nada me assusta nem minhas asas
que produzem os sons que brotam do silêncio.
Este silêncio que ecoa no espaço
onde viajamos parados no limiar invisível
do tempo.
Escuta amor
as vozes deste silêncio que criamos
quando viajamos para longe e dentro de nós.
Se vens inaugurando o antes e o depois
quero reter no instante desta curva espaço-tempo o que nos traz e nos faz
uno com o cósmico e universal.
Falarias prá mim dos vazios que tua alma oculta,
eu percorreria o espaço na curva desalinhada do tempo declarando o sutil
que estes espaços em branco mostram.
Sente este vento do futuro
a soprar na consciência.
Improvisa prá mim,
em mim,
a anatomia do que ainda não tem nome.
Beijos e abraços!
Que o domingo tenha começado com asas para voar
e sonhos para sonhar.